Se é para o homem do apito resolver, VAR pra quê?
Minha mente acostumada ao raciocínio lógico não consegue ver sentido no modo como o VAR tem sido usado no futebol, mais especificamente no Brasil. Se esta tecnologia veio para colocar fim aos erros de arbitragem que tantos prejuízos trouxeram aos clubes ao longo dos anos, que sentido faz deixar para o árbitro de campo a palavra final?
Entendo que o VAR deveria ser um recurso para completar o trabalho do árbitro de campo e que o árbitro de vídeo deveria tomar para si a responsabilidade pela decisão toda vez que um lance ou jogada passasse por revisão. Uma vez acionado o VAR, a decisão final seria tomada na cabine e apenas referendada pelo árbitro no campo.
Que sentido faz quando o árbitro de vídeo, depois de analisar um lance ou jogada com todos os recursos disponíveis, como congelamento de imagem, slow motion, avanço e recuo, linhas traçadas, zoom e tudo mais, devolve o abacaxi para o árbitro de campo para que ele descasque? E lá vai o pobre coitado para a lateral do campo, solitariamente, confirmar ou voltar atrás em sua marcação. E o pior é que tem muito juiz cometendo e confirmando o erro, mesmo depois de rever o lance no vídeo, valendo-se do velho e tão controverso direito de interpretação. Ora, interpretar o que se o pessoal da cabine já checou o lance e deu a sua recomendação?
A continuar como está, os erros continuarão por aí como sempre estiveram. A diferença é que agora custando muito mais caro a federações e clubes. E aos torcedores fica a sensação de que o seu time está sendo ‘garfado’ com tecnologia e tudo.
Entendo que o árbitro de vídeo deveria ser tão soberano quanto o árbitro de campo e que uma vez acionado o VAR, a decisão final deveria vir dele. Isso acabaria com toda muvuca e pressão dos jogadores toda vez que um lance fosse para revisão. O trabalho do homem do vídeo complementando o trabalho do homem do apito. Só assim vejo sentido no uso do VAR.
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