Grito de um quase enfartado

É, meus amigos, não está sendo fácil para este colunista que vos fala acompanhar essa coisa horrorosa que estão praticando com o nome de futebol. Ontem, no jogo Vasco x Atlético Paranaense não consegui ir até o fim, tamanha a raiva que passei. Que o Vasco ainda é um time em formação e que ainda não tem elenco para conquistar títulos, tudo bem, é um fato que aceito com naturalidade, mas há algumas coisas que são ou pelo menos deveriam ser inconcebíveis ou inaceitáveis. Por exemplo, não se pode admitir que um jogador profissional passe 90 minutos sem acertar um passe (caso do Éder Luís) ou que não tenha força nas pernas para dar um chute com um mínimo de potência (caso do Diego Souza), que faz por merecer o título de rei do popular “peidinho de velho”.
Também não aguento mais a incompetência dos técnicos. Num jogo de mata-mata, não há caminho do meio, ou você mata ou morre. E para matar, você tem que colocar a faca entre os dentes e morder na orelha do adversário, à La Mike Tyson, desde o primeiro minuto de jogo. Você tem que mostrar para o adversário quem manda no pagode. Em vez disso, o que vemos? Jogadores que entram em campo plugados nos 110 voltz. Ontem mesmo ficou a impressão de que os jogadores do Vasco ficaram dormindo na concentração até 5 minutos antes do jogo. Imaginemos a cena: os jogadores estão lá no vestiário espalhados e tirando o maior cochilo. O roupeiro chega e diz: “Bora, faltam 5 minutos para o jogo começar. O juiz já está em campo chamando”.
O que se tem em campo é um time jogando com o freio de mão puxado e na 2ª marcha. E vai assim até a coisa ficar preta. Aí sai todo mundo correndo feito índio nos filmes de faroeste, num verdadeiro “seja o que Deus quiser!”. É muito sofrimento e aborrecimento para um cristão só. Time mal escalado, mal distribuído em campo, no maior “medinho” de jogar. Resultado: chutei o balde e saí para fazer compras, no mais puro estilo “ganho mais com isso”. Disse a mim mesmo: conheço essa novela. Vai ficar esperando, esperando, e lá pelos 30, 35 do segundo tempo, o adversário faz um gol e pronto: caixão. Tão exato e certo como “2 + 2 são 4”. Só errei por dois minutos porque o gol do Atlético Paranaense saiu aos 28, se não me falha a memória. Por sorte, o Elton acertou uma cabeçada certeira (daquelas que saem de 10 em 10 anos) e salvou o trem-bala de ir pro saco. Mas Deus me livre, tá dando pra assistir não. O que os técnicos têm feito é muita afronta para a inteligência de quem, como este colunista que vos fala, já praticou o futebol. Eu disse futebol, não esse negócio que estão jogando por aí. Se alguém me disser que isso aí é futebol, é melhor o cara procurar um oftalmologista ou psiquiatra. Enquanto isso, eu vou ao cardiologista ou a um especialista em AVC (acidente vascular cerebral). Ou paro de assistir ou parto para a prevenção.

Que que é isso, Carpegiani?
Por falar em incompetência dos técnicos, já vi de todo tipo, mas do tipo que o cara sabe que é e ainda fica endeusando o técnico adversário, só vi no Carpegiani, agora ex-técnico do São Paulo. O cara, depois do jogo em que foi eliminado pelo Santos no campeonato paulista, disse na coletiva de imprensa que foi eliminado porque do outro lado tinha o Muricy. Ora, faça-me o favor. Se sou o Presidente do São Paulo, demitia ali mesmo. O cara dizer que perdeu porque do outro lado tinha um técnico melhor que ele é o fim da picada. E agora contra o Avaí, o que será que ele disse? Que perdeu porque do outro lado tinha o Silas? O cara consegue o mais difícil, que é vencer em casa sem levar gols, e no jogo da volta entrega a rapadura legal. Mico, micão, micaço. 

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